Quer queiram quer não, os jovens vivem sobretudo na Internet e fala-se mesmo dos chamados mundos virtuais. Muitos afirmam mesmo que o mundo virtual oferece essencialmente as mesmas oportunidades que o mundo real. No entanto, é duvidoso que tal possa ser efetivamente comprovado. Afinal de contas, os mundos virtuais oferecem mais possibilidades do que se possa pensar. Quando se trata de fazer compras, hoje em dia é a norma. Podemos fazer compras em qualquer loja, onde quer que esteja localizada – mesmo em países estrangeiros. Assim, com a sua ajuda, podemos comprar praticamente tudo sem sair de casa.
No entanto, quando se trata do mundo virtual, a maioria das pessoas teme o aspeto social. Nós, seres humanos, precisamos da companhia dos outros para nos mantermos saudáveis, não só física mas também mentalmente. E isso é algo que não podemos obter na Internet – é o que imaginamos. Mas acontece que isso não é verdade. De facto, a Internet permite-nos estabelecer contactos com outras pessoas, especialmente com interesses semelhantes. É fácil encontrar pessoas com os mesmos interesses. E é no seio desses grupos que as amizades se formam mais facilmente.
De facto, muitos desses grupos apoiam os seus membros no mundo real. Por conseguinte, é verdade que esta forma de comunicar e construir relações não deveria ser o caso. De facto, para as pessoas com deficiência, é muitas vezes a sua única opção. As pessoas que têm dificuldade em sair à rua, mesmo que o façam, são frequentemente objeto de olhares de desaprovação e de pena por parte dos outros. Não é o caso na Internet. Porque na Internet ninguém precisa de saber dos seus problemas se não quiser e, mesmo que os admita, isso não afecta de modo algum a sua capacidade de o fazer. Não admira, portanto, que a Internet se esteja a tornar um refúgio para muitas pessoas.